quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Coluna Arquitetar é... para Jornal O Debate_ 07/09/12


Olá, pessoal!

Tenho estudado muito sobre materiais alternativos e sustentáveis e, nos últimos meses, acabei descobrindo que muitos produtos vendidos no mercado como ecológicos vestem essa fantasia mas, na verdade, de sustentáveis mesmo só a máscara.

A indústria da construção civil no Brasil é, sem dúvida, uma das maiores geradoras de resíduos, e veja que aqui estou falando só do fim. Quando analisamos um produto e as suas características é muito importante analisarmos o ciclo de vida dele. Desde a sua extração, sua transformação, sua distribuição, seu descarte e, finalmente, sua reciclagem ou seu reaproveitamento. Isso envolve muitos fatores, como os métodos de extração, mão de obra envolvida, gastos energéticos, sua durabilidade, seu potencial de degradação e, consequentemente, seu potencial de transformação.

Quando um produto se apresenta como sustentável, ele deveria apresentar as seguintes características: extração de fontes renováveis, baixo gasto energético na transformação, mão de obra qualificada e legal (sem trabalho escravo e/ou infantil), logística inteligente, alta durabilidade e, principalmente, grande potencial de re-transformação ou decomposição total sem agredir a natureza. São essas as características que devemos procurar quando vamos construir nossas casas.

Entendido isso, gostaria de apresentar alguns produtos que, até onde eu pesquisei, apresentam as características acima:

O Ecori pisos e revestimentos de bambu são 100% renováveis, não usa cola ou pregos na instalação, possui propriedades bactericidas e fungicidas, é resistente a diversos agentes como fogo, cupim e mofo. Eles são fabricados com alta tecnologia que garante resistência aos produtos. O bambu, além de ter o crescimento rápido (em torno de 5 anos e meio para a maturidade), ainda capta 70% mais CO2 que as florestas comuns. Além das certificações isso, o Ecori ainda ganhou o prêmio Greenvana Greenbest 2012 para iniciativas sustentáveis como melhor produto para construção civil.

O Ecoblock oferece madeiras sintéticas transformadas a partir de resíduos industriais e fibras vegetais em um processo que não utiliza água ou produtos químicos e, principalmente, não gera subprodutos ou resíduos. Fabricada a partir de polímeros (plásticos), sua durabilidade é estimada de 80 a 100 anos. E ecomadeira® é resistente a impactos, não se deteriora, não racha ou solta farpas; imune a agentes como cupins, pragas, germes e mofo, é impermeável e anti-derrapante. Pode ser usada em ambientes externos, não é necessário manutenção ou pintura, e está disponível em diversas larguras e espessuras. O Ecoblock ganhou o prêmio Greenvana Greenbest 2012 para iniciativas sustentáveis como produto inovador.

E, por fim, o Ecotop, telhas fabricadas a partir de aparas de tubos de pasta de dente (resíduo industrial) que antes eram aterradas. Elas são compostas de alumínio de polietileno de baixa densidade (plástico), oferecendo diversas vantagens como: leveza e impermeabilidade, resistência a agentes químicos, alta resistência físico-mecânica. As telhas tem baixa absorção de calor, pois refletem o sol, o que as torna um ótimo isolante termo acústico. Sua fabricação não envolve queimas e elas podem ser recicladas diversas vezes. O Ecotop ganhou o prêmio Greenvana Greenbest 2012 para iniciativas sustentáveis como produto inovador.

Para maiores informações sobre esses e demais produtos: http://greenbest.greenvana.com/.

Arquitetar é ser sustentável sempre. Divulgar e incentivar o uso desses produtos, que além de contribuírem para o meio ambiente ainda podem preservar o futuro das gerações futuras, deve fazer parte do cotidiano de cada arquiteto e engenheiro que se interessa pelo bem estar comum.

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