terça-feira, 31 de julho de 2012

Coluna Arquitetar é... para Jornal O Debate_ 27/07/12


Olá, pessoal!
Todo mundo tem uma história de obra pra contar! Se não foi obra própria, foi no vizinho ou no trabalho ou na casa de algum parente. E, quando a obra marca a memória do cidadão, ela sempre traz alguma lembrança desconfortável ou, pior, desastrosa.
Mas que atire a primeira pedra quem não tem vontade de mexer uma paredinha ali ou trocar um piso acolá! É claro que uma obra sempre foi e sempre será uma pedrinha no sapato, mas com alguma atenção e planejamento é possível minimizar o desgaste físico, psicológico e, mais importante, financeiro.
É preciso ter sempre lápis e papel à mão: planejar o que será feito, o investimento proposto e o tempo desejável (entenda bem aqui, desejável, e não tempo real).
Decidir pelos ambientes prioritários nunca é uma tarefa fácil; de repente surge uma vontade, aquele ímpeto de revolucionar tudo, e é aí que entra o bom senso de optar por ir com calma e parcimônia. Uma reforma é sempre uma surpresa, pode ser que não apareça nenhum imprevisto, mas, em compensação, pode aparecer uma viga num lugar não planejado e essas surpresas geram custos extras que acabam se tornando um problema durante a obra.
Os orçamentos devem ser feitos à risca, em no mínimo três lojas. Faça as listas dos materiais necessários, pisos, revestimentos, luminárias ou tubulações, não importa o tempo que isso leve: é essa fase que vai definir o custo principal da sua obra. Uma tabela detalhada com quantidade, marcas e, de preferência, por categorias ajuda muito quando estiver na loja, economiza tempo e paciência. E muita atenção aos prazos de entrega: quando a obra tem um tempo determinado para começar e terminar é de vital importância que os materiais tenham sido encomendados com antecedência e,  inclusive, sido entregues.
A organização do cronograma contribui para o fluxo da obra. Agende as mãos-de-obra necessárias previamente. Pedreiros, eletricistas, encanadores não gostam muito dividir o espaço, mas, quando for inevitável, defina setores de trabalho. E, lembre-se sempre, algumas fases dependem de outras: então cuidado na hora de agendar os serviços com prazos muito justos, eles podem atrasar e, consequentemente, atrasar novas etapas. Alguns profissionais tem a agenda apertada e aí já viu, né, perdeu o dia, sabe-se Deus quando eles podem voltar. O mesmo serve para serviços externos à obra, como marcenaria.
Na escolha dos profissionais envolvidos na obra procure por indicações de confiança ou alguma construtora que se responsabilize pelos funcionários e possíveis erros cometidos. O barato sai caro. E para o bom desenvolvimento da reforma é essencial a harmonia entre o pessoal.
Quando pensar em uma reforma, programe-se. Você enfrentará a obra em casa ou irá para outro lugar? É preciso muita paciência ao lidar com estranhos, entulhos e “emprevistos”, rs.
Mas, se mesmo assim se sentir inseguro, procure um profissional. Normalmente, além do projeto, ele executará orçamentos, cronogramas e ainda fará visitas à obra, para quem não tem tempo de acompanhar o seu desenrolar. E, mais importante, evita algumas falhas vitais como nas fotos, que na grande maioria são executadas por profissionais inexperientes da construção civil.
Arquitetar é, acima de tudo, cuidar do bem estar da obra; a obra indo bem o cliente vai bem, os vizinhos vão bem, os parentes vão bem e, principalmente, a sanidade mental dos envolvidos vai bem.





fonte de imagens: google imagens

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