segunda-feira, 16 de julho de 2012

Coluna Arquitetar é... para Jornal O Debate_ 13/07/12


Olá, pessoal!
Para mim, uma das coisas mais fascinantes na arquitetura é a iluminação, capaz de modificar um ambiente por completo. É um artifício tão sutil que, às vezes, nem nos damos conta dele.
A iluminação pode ser uma grande aliada ao criar determinadas sensações nos ambientes e um bom projeto de iluminação deve levar em consideração diversos fatores. A função do ambiente é crucial na hora de escolher as lâmpadas corretas e suas localizações; então, aqui vão algumas dicas na hora de escolher a iluminação para suas casas.
Na hora de distribuir as lâmpadas é importante considerar as formas de iluminação: a difusa, que é a iluminação geral de um ambiente, normalmente de luz forte e que clareia todo ele e a direcionada, que são as luzes de destaque, pontos focais que “destacam” algum móvel, obra de arte, caminho e etc. Quanto aos modelos de luminárias, podemos considerar as do tipo direta, como os pendentes em que normalmente você vê o caminho ou a forma da luz, e as indiretas, como as sancas.
O ideal é usar a iluminação de forma combinada, com interruptores independentes. Assim, vamos supor que seja uma sala de jantar, onde você pode tanto dar uma festa toda iluminada ou ter um jantar romântico somente com as luzes focais.
As lâmpadas tem a propriedade de realçar as cores ou não. O “IRC” – índice de reprodução de cor é o fator que determina a fidelidade da cor. Quando queremos saber a real cor de um objeto o ideal é olharmos na luz do sol, pois somente nele a reflexão da cor é exata. Então, as lâmpadas que possuem o IRC igual a 100 estão mais próximas da luz solar, reproduzindo a cor com fidelidade.
Quem é que nunca comprou uma carne, ou uma fruta, que parecia linda no supermercado, e quando chegou em casa viu que o vermelhinho não era tão vermelho assim? Esse é mais um dos “poderes” da iluminação, determinadas lâmpadas podem mascarar outras cores.
É essencial, também, perceber que as lâmpadas incandescentes (quase extintas) possuem o IRC = 100, mas reproduzem melhor as cores quentes, enquanto as fluorescentes compactas com IRC = 85 são melhores para cores frias. Por isso, quando falamos de luzes de destaque as lâmpadas mais indicadas são as halógenas, como a dicróica, que possuem IRC = 100 e reproduzem todas as cores com fidelidade e, por isso, são usadas em vitrines e galerias. Essas lâmpadas consomem mais energia, mas quando usadas adequadamente podem valorizar o objeto – lembrando sempre de usar a distância correta para que o calor não danifique os quadros ou móveis ou, pior, causem incômodo ao usuário.
Outra consideração importante sobre a iluminação é a quantidade de lâmpadas e, portanto, a quantidade de luz que o ambiente terá, determinado pelo lux (cálculo baseado na área do ambiente e a quantidade de luz que cada lâmpada produz);  existe uma tabela para consulta, onde é determinado o lux para cada ambiente, que pode variar desde um escritório com 300lux até  uma despensa com 100lux.
Enfim, arquitetar é projetar ambientes bem iluminados, aliando função, conforto e, principalmente, economia de energia. Além disso, a iluminação pode significar aquele “algo mais” na sua decoração, transmitindo desde higiene até glamour e aconchego ao nosso lar, doce lar. Abraços, e até semana que vem!

fonte: pinterest

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