terça-feira, 19 de março de 2013

Papel de Parede Mapa Mundi!!

Olá Pessoall!!!

Tudo certinho!!


Depois que publiquei uma decoração com o mapa mundi, choveu perguntas sobre onde comprar, como achar, e muita gente não reparou, mas aquele post era sobre uma decoração no exterior.
Aqui no Brasil, procurei muito mas não encontrei, para alguns que me ligaram sugeri que selecionasse a imagem do mapa preferido e mandasse imprimir em alguma empresa de especializada.
Aí ontem recebi mais um email e procurei de novo, resultado: no Brasil ainda não, mas encontrei 2 sites para além mar que talvez enviem pra cá ok!

A
Printed Space




E a World Maps On Line




Não conheço a reputação das lojas e também não sei se realizam entregas no Brasil, mas já é um contato!

Boa Sorte com a compra e com a decoraçãoo!!!

Abraçosss

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Coluna Arquitetar é... para Jornal O Debate_ 28/09/12


Olá, pessoal!

Um dos artifícios mais versáteis na decoração é o gesso. Ele possibilita infinitas soluções de fechamentos a móveis, forros e etc. Usado antigamente nas molduras, o gesso foi ganhando cada vez mais espaço devido à sua grande aplicabilidade. Além de ser relativamente barato, o gesso pode se tornar um grande agente transformador em um ambiente, seja como ornamento ou como simples delimitador de espaços. De fácil aplicação, apesar de não ser um trabalho muito limpo, já que tudo a sua volta fica branco de pó, o gesso é um grande aliado de arquitetos, engenheiro e projetistas, desde que usado com sabedoria e bom gosto.

O dry wall (parede seca) é muito útil quando se trata de delimitar ambientes e fechar vãos, principalmente pela agilidade na execução. Um salão pode ser rapidamente remodelado através de paredes de gesso sem a menor necessidade de tijolos e cimento. Além dessa vantagem, o gesso pode ser usado em forros, molduras e sancas, significando um grande diferencial em um ambiente. Além de facilitar a instalação de luminárias embutidas sem quebra-quebra, o gesso é um acabamento rápido e prático para lajes.

Aqui vão algumas dicas na hora de optar pelo emprego do gesso:

– Ambientes com pé-direito baixo dispensam o forro rebaixado; quanto mais baixo, maior será a sensação de claustrofobia. Se for inevitável o acabamento em gesso faço-o rente à laje.

– Quando for projetar um home theater ou sala de TV o interessante é rebaixar o forro para aumentar o aconchego, mas evite fazê-lo reto. Desenhe o rebaixo com degraus ou recortes: eles melhoram a acústica e facilitam a iluminação nesses ambientes, que deve ser diferenciada.

– As sancas são excelentes ferramentas para disfarçar a iluminação indireta (que é aquela que vai iluminar o ambiente de modo geral). Com elas é possível embutir lâmpadas fluorescentes (tipo palito) e você pode criar diversas cenas no mesmo ambiente.

– Quando não quiser mudar muito o ambiente, mas quer dar um charme sem quebradeiras e reformas demoradas, não pense duas vezes: o gesso será em absoluto a melhor opção (e a mais barata, levando em consideração custo-benefício e rapidez de execução), seja para aumentar as luminárias em determinado cômodo ou para dar a ele uma carinha nova.

– Quando se tratar de decorar uma parede de gesso, esteja atento à estrutura das paredes. Peça as medidas exatas entre perfis ao responsável pela execução – isso facilita e muito na hora de pendurar quadros, varões de cortinas e até mesmo portas de correr com trilho aparente. Não esqueça também de que você precisará de parafusos e buchas especiais.

-- Se possível, organize o cronograma de obra para que a instalação do gesso seja antes dos acabamentos finais, como pisos de madeira e instalação de móveis planejados. Você precisará exigir cuidado do pessoal da mão de obra seguinte, mas em compensação não ficará muito preocupado com a sujeira. Obs.: isso não vale para banheiros e cozinhas com revestimento até o teto, pois as molduras e forros finalizam a última carreira de instalação.

Pessoal, faltou espaço para mais dicas, mas eu volto futuramente com novas idéias, ok? Porque arquitetar é adequar, e para adequar um ambiente ao estilo de vida de cada cliente é necessário utilizar materiais práticos eficientes, que cumpram seu papel sem transtornos e decepções. Aliar rapidez, baixo custo e redução de entulhos é primordial!

Coluna Arquitetar é... para Jornal O Debate_ 21/09/12

Olá, pessoal!

Gostaria essa semana de conversar sobre uma decisão super difícil, mas muito importante em nossas vidas: a escolha do terreno. Muita gente me procura para fazer o projeto de suas casas ou comércio e ainda não tem o terreno. Pouca gente sabe que o terreno é 90% responsável pelo projeto que será criado nele. É dele que obtemos as principais informações para começar um projeto. Posicionamento em relação ao sol, aclive, declive, localização do terreno são alguns dados sem os quais fica praticamente impossível nascer um projeto.

Então, na hora de escolher o berço da sua futura morada, é importante alguma cautela e muita atenção e aqui vão algumas dicas para dar aquela forcinha.

Um dos primeiros detalhes a observar é a localização do terreno; nessa hora ter uma reunião de família é muito interessante, pois é preciso determinar se vão querer morar num lugar tranquilo ou se irão morar no buchicho! Tudo tem o seu lado bom e ruim; morar num lugar tranqüilo, como um condomínio fechado, pode significar sossego, mas também pode representar distância. Aí vai ser preciso carro para tudo. Agora, quem quer morar no movimento tem que estar preparado para o barulho, o fluxo de carros, a segurança e etc. Esteja preparado também para valores: o local influencia muito no preço do imóvel e, às vezes, um terreno em um lugar mais afastado ou em uma área nova na cidade pode representar um investimento e tanto.

Uma vez determinado o local, outra observação importante: a posição do terreno em relação ao sol. Uma casa arejada e bem dimensionada vai depender primeiramente do tamanho do terreno, já que o ideal seria entre 10 e 12 metros de frente.

Terrenos em aclive ou declive, que exijam movimentação de terra e estruturas de arrimo, obrigatoriamente são mais dispendiosas; então, se você não quer gastar muito na construção, procure por lotes planos. Levar um topógrafo ou algum profissional da área lhe dará mais segurança e tranquilidade na hora de decidir pela compra.

Leve sempre trena nas visitas e confira se o tamanho do terreno está como descrito na escritura ou matrícula; o lote deverá ser entregue com as marcas exatas dos seus limites. Procure conversar com os seus possíveis vizinhos e veja o que eles têm a dizer sobre a vizinhança, se a rua tem alguma deficiência ou qualidade excepcional...

Escolhido o terreno, alguns cuidados são necessários: procure um bom advogado e consulte toda a documentação, débitos, escritura, IPTU, a matrícula e etc. Vá até a prefeitura e se informe sobre as leis vigentes sobre ele, como recuos (espaço entre a construção e os limites do terreno), taxa de ocupação e coeficiente de aproveitamento, que vão instruir o quanto você poderá construir nesse terreno, se poderá fazer um sobrado, por exemplo, ou não. Isso tudo é muito importante na concepção de um projeto que atenda às suas necessidades. Veja também se o loteamento está legalizado, com infraestrutura pronta, como instalações elétricas, telefone, água e iluminação.

A escolha do terreno pode significar um novo começo na vida de muita gente e arquitetar é assessorar e aconselhar sempre que possível e necessário. Tenha muita calma e paciência na hora da decisão e não deixe de visitar muitos lotes. O próximo pode ser muito melhor ou até mesmo o ideal.


Coluna Arquitetar é... para Jornal O Debate_ 07/09/12


Olá, pessoal!

Tenho estudado muito sobre materiais alternativos e sustentáveis e, nos últimos meses, acabei descobrindo que muitos produtos vendidos no mercado como ecológicos vestem essa fantasia mas, na verdade, de sustentáveis mesmo só a máscara.

A indústria da construção civil no Brasil é, sem dúvida, uma das maiores geradoras de resíduos, e veja que aqui estou falando só do fim. Quando analisamos um produto e as suas características é muito importante analisarmos o ciclo de vida dele. Desde a sua extração, sua transformação, sua distribuição, seu descarte e, finalmente, sua reciclagem ou seu reaproveitamento. Isso envolve muitos fatores, como os métodos de extração, mão de obra envolvida, gastos energéticos, sua durabilidade, seu potencial de degradação e, consequentemente, seu potencial de transformação.

Quando um produto se apresenta como sustentável, ele deveria apresentar as seguintes características: extração de fontes renováveis, baixo gasto energético na transformação, mão de obra qualificada e legal (sem trabalho escravo e/ou infantil), logística inteligente, alta durabilidade e, principalmente, grande potencial de re-transformação ou decomposição total sem agredir a natureza. São essas as características que devemos procurar quando vamos construir nossas casas.

Entendido isso, gostaria de apresentar alguns produtos que, até onde eu pesquisei, apresentam as características acima:

O Ecori pisos e revestimentos de bambu são 100% renováveis, não usa cola ou pregos na instalação, possui propriedades bactericidas e fungicidas, é resistente a diversos agentes como fogo, cupim e mofo. Eles são fabricados com alta tecnologia que garante resistência aos produtos. O bambu, além de ter o crescimento rápido (em torno de 5 anos e meio para a maturidade), ainda capta 70% mais CO2 que as florestas comuns. Além das certificações isso, o Ecori ainda ganhou o prêmio Greenvana Greenbest 2012 para iniciativas sustentáveis como melhor produto para construção civil.

O Ecoblock oferece madeiras sintéticas transformadas a partir de resíduos industriais e fibras vegetais em um processo que não utiliza água ou produtos químicos e, principalmente, não gera subprodutos ou resíduos. Fabricada a partir de polímeros (plásticos), sua durabilidade é estimada de 80 a 100 anos. E ecomadeira® é resistente a impactos, não se deteriora, não racha ou solta farpas; imune a agentes como cupins, pragas, germes e mofo, é impermeável e anti-derrapante. Pode ser usada em ambientes externos, não é necessário manutenção ou pintura, e está disponível em diversas larguras e espessuras. O Ecoblock ganhou o prêmio Greenvana Greenbest 2012 para iniciativas sustentáveis como produto inovador.

E, por fim, o Ecotop, telhas fabricadas a partir de aparas de tubos de pasta de dente (resíduo industrial) que antes eram aterradas. Elas são compostas de alumínio de polietileno de baixa densidade (plástico), oferecendo diversas vantagens como: leveza e impermeabilidade, resistência a agentes químicos, alta resistência físico-mecânica. As telhas tem baixa absorção de calor, pois refletem o sol, o que as torna um ótimo isolante termo acústico. Sua fabricação não envolve queimas e elas podem ser recicladas diversas vezes. O Ecotop ganhou o prêmio Greenvana Greenbest 2012 para iniciativas sustentáveis como produto inovador.

Para maiores informações sobre esses e demais produtos: http://greenbest.greenvana.com/.

Arquitetar é ser sustentável sempre. Divulgar e incentivar o uso desses produtos, que além de contribuírem para o meio ambiente ainda podem preservar o futuro das gerações futuras, deve fazer parte do cotidiano de cada arquiteto e engenheiro que se interessa pelo bem estar comum.

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Coluna Arquitetar é... para Jornal O Debate_ 31/08/12

Olá, pessoal!

O sonho de muitos, senão todos, é a casa própria, não é?! É a realização de uma vida de trabalho, lutas e conquistas. E, para algumas pessoas, uma casa entre quatro paredes não é bem a definição de lar que entendemos.

Portanto, vou mostrar a vocês, essa semana, uma maneira diferente morar. Assim como todos somos diferentes, e pensamos diferente, assim também somos diferentes em nossa maneira de morar! Uns gostam do campo, outros das metrópoles, tem aqueles que gostem de casas grandes e espaçosas e tem os que gostam do aconchego dos pequenos apartamentos. Para exemplificar essas diferenças, vou apresentar a vocês as casas containers.

Os containers são aquelas caixas enormes de metal usadas para transporte de volumes em navios. Quem foi a algum porto já se deparou com eles, ou então viu em filmes: sempre tem uma cena de ação com gente lutando no meio delas. Os containers são fabricados em diversos padrões e tamanhos.

Essas casas estão se tornando cada vez mais comuns nos Estados Unidos. Já tem empresas que, além de fabricar os containers para o seu destino original, estão fabricando modelos para que sirvam como casas. Tem até escritório de arquitetura projetando as casas containers.

Nos projetos residenciais, eles podem ser usados como a casa toda. Podem compor a casa, como peças, montando partes da casa, onde são integrados a algum sistema tradicional de construção, ou, então simplesmente montados como os joguinhos de encaixe lego em que vários containers formam uma só casa. Em Amsterdã, na Holanda, foram construídos edifícios para estudantes, montados inteiramente com containers, que chegam a abrigar mais de mil pessoas.

Aqui no Brasil, os containers descartados já eram usados na construção civil para fazer banheiros, depósitos e até escritórios nas obras. Agora, com uma nova mentalidade sobre reaproveitamento e uma nova missão em torno da sustentabilidade, eles estão assumindo uma nova personalidade: casas.

Essa nova modalidade de “construção” pode representar em torno de 35% de economia em relação às construções tradicionais, já que as estruturas já estão prontas, mas exige um cuidado extra em relação a isolamento térmico, facilmente resolvido com produtos próprios. Outra observação importante é em relação ao posicionamento no terreno e posicionamento das esquadrias, que devem favorecer a ventilação cruzada. Em compensação, economiza-se em tempo de execução e em revestimentos externos.

Mais importante que todas essas vantagens, ele ainda pode ser uma grande ferramenta a favor da sustentabilidade. Ele representa o reaproveitamento de um produto que não serve mais à sua função original, mas que pode servir a diversos usos. Além disso, algumas dessas casas containers tem jardins na cobertura e até sistema de captação de água pluvial. Sem contar que todo o resíduo das obras em caçambas e mais caçambas de entulho são praticamente reduzidas à zero.

Espero que tenham gostado dessa nova maneira de morar, porque arquitetar é: estar atenta às infinitas maneiras de morar e, mais que isso, saber identificar a melhor maneira para cada cliente, que é único. Cada particularidade faz com que uma simples caixa, seja ela de alvenaria, madeira, vidro ou mesmo metal, transforme-se em um lar acolhedor, que seja inspiração para novos objetivos, novas conquistas e novas casas.








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Coluna Arquitetar é... para Jornal O Debate_24/08/12

Banquetas de madeira de demolição x Cadeiras Phanton


Olá, pessoal!

Hoje vou falar sobre o Hi-Lo, estilo que surgiu do inglês High-Low (Alto – Baixo).

Assim como na moda, em que podemos usar uma camiseta podrinha com um super casaco de couro, esse estilo vale para a decoração também. O estilo surgiu nos anos 90 e nada mais é do que misturar móveis e objetos de design assinados com peças comuns ou artesanais.

Aí vale de tudo: móveis assinados de grandes designers com aquela cadeira da vovó herdada; peças tecnológicas com artesanais; mistura de tecidos finos com aqueles mais grosseiros. Esse estilo, além de muito acessível, ainda pode colaborar com o planeta, pois, ao invés de descartarmos tudo que a gente acha low, podemos aproveitar, dando uma carinha nova, mais moderna e aliar a peças estilosas e um pouco mais caras. Não pesa no bolso nem na consciência. E, como ficamos livres para criar esses ambientes, eles ficam com uma carinha mais simpática, com jeitinho de aconchego. É uma maneira de tornar um ambiente ao mesmo tempo despojado e sofisticado, personalizando-o.

Sempre digo aos meus clientes que a decoração não é só ir às lojas e comprar um monte de móveis para montar um ambiente; mais que isso, as heranças de família, lembranças de viagens, aquele movelzinho comprado no brechó, são essas coisas que formam o verdadeiro lar, senão estaríamos todos vivendo em showrooms.

Um exemplo bem bacana é na cozinha: todo mundo tem uma mesinha de jantar encostada, presente da mãe ou de amigos. Com alguma intervenção, que pode ser uma pintura, por exemplo, e aliada a cadeiras de design, pode dar um charme para o ambiente mais gostoso da casa (bom pelo menos eu acho, rs). O mesmo vale na hora de arrumar a mesa para um jantar especial: você pode misturar uma prataria bem bacana com pratos de porcelana, mas taças de vidro de estilos diferentes.

Aí, o interessante é pesquisar: procure por móveis com os quais vocês se identificam. Tenho alguns sites que podem ajudar com isso, como uma das minhas lojas favoritas: a Desmobilia – http://www.desmobilia.com.br e o site da loja Tok Stok - http://www.tokstok.com.br. Essas lojas ajudam vocês a terem uma ideia dos móveis e peças que lhes interessam, e o preço, que às vezes assusta. Mas, o bom desse estilo é que, como vocês vão aliar dois tipos de produtos, caros e baratos, isso pode representar uma economia e tanto.

Quanto às peças podrinhas, vale tudo. De grandes redes de supermercados, feiras de usados, feiras de artesanato, brechós, móveis artesanais, caçambas, heranças. Então, todo mundo de olho vivo, pois essas oportunidades geralmente são raras.

O mais importante é ter a mente aberta a novidades: não é fácil se desfazer de padrões que já estão embutidos em nós; então, estar aberto a coisas diferentes, como misturar materiais recicláveis a tecidos finos, pode fazer a diferença na hora de dar vida às nossas casas. Com muita criatividade e critério é, sim, possível criar ambientes Hi-Lo sem que pareça um carnaval de decoração.

Arquitetar é, acima de tudo, aliar bom gosto e os desejos do cliente aos seus bolsos. Não faz sentido projetar espaços impossíveis e esperar que o cliente se desdobre para comprá-los. Eles acabam nem aproveitando por causa de tanto gasto e perdem o gostinho bom de ter um lar aconchegante e acolhedor.


Cadeiras de Papelão x  Cadeiras de Design

Caixas de verduras

Tecidos finos x Fibras rústicas

Caixas de verduras assinadas


Reciclagem x Móveis Modernos

Móveis antigos x Móveis atuais

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quarta-feira, 5 de setembro de 2012

A história das coisas



Pra pensar!! Abraço a todos!

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Coluna Arquitetar é... para Jornal O Debate_ 17/08/12


CowParede
Olá, pessoal!
Como arquiteta e urbanista procuro sempre por novidades não só nas construções e decorações, mas, também, nas cidades. Acredito que uma cidade bem desenvolvida não é a que oferece só infraestrutura e bom funcionamento de órgãos públicos, escolas, hospitais e vias, mas também a que oferece para o cidadão um algo mais.
Em meu blog sempre tem alguma intervenção urbana mostrando que é possível modificar a rotina das pessoas com um bocado de arte e empenho de grupos de pessoas engajadas.
Do grafite às instalações luminosas, elas se espalham pela cidade divulgando ideias, movimentos de protesto ou, simplesmente, tentam melhorar o nosso entorno com alguma cor.
Hoje, gostaria de falar em especial sobre as parades, que originalmente são as paradas, desfiles e eventos onde a comunidade assiste à alguma organização festiva, mas que aqui vão assumir outro contexto.
Uma das mais famosas e divulgadas é a Cow Parede. Em português: Parada da Vaca, onde diversas vacas performáticas são espalhadas por centros urbanos. Segundo o site http://www.cowparade.com, o evento surgiu na Suíça e passou por 28 cidades desde então, inclusive em São Paulo, em 2005. O movimento tem grande importância, pois envolve a comunidade como um todo; empresas, público e artistas trabalham em conjunto para o sucesso dessa arte coletiva e democrática. Além disso, foram arrecadados mais de 11 milhões de dólares, que tem como destino a responsabilidade social. Isso significa em torno de 3000 vacas pintadas e, dentre elas, 160 acabaram se tornando miniaturas e, consequentemente, item de coleção.
Em 2010, 60 pianos foram espalhados por Nova Iorque no projeto Play me – I´m Yours (Toque me – Sou seu), eles ficavam à disposição do público e não importava se você era a própria encarnação do Beethoven ou, se assim como eu, só toca “Cai-cai balão”: era simplesmente sentar e tocar.
Recentemente, outro evento desse modelo foi realizado em São Paulo: a Call Parede. Idealizado pela Vivo|Telefônica, ela visava promover a conectividade entre as manifestações artísticas e 100 orelhões foram impressos a partir das obras de artistas paulistas. Um objeto tão comum aos nossos olhos e atualmente tão esquecido e até alvo de vandalismo se tornou uma obra de arte nas ruas da cidade.
E, a partir de 13 de agosto, em São José dos Campos, estará exposta a Shoes Parede, com diversos sapatos gigantes. Uma rede de sapatos do Vale do Paraíba está comemorando 30 anos de vida e para celebrar vai espalhar as obras pelas ruas da cidade. Eles serão em fibra de vidro com 2,0m de largura por 2,0m de altura e executados por artistas locais. O público poderá interagir com as obras, tocando e tirando fotos.
Acredito que essas intervenções, mais do que “enfeites”, representam a expressão da comunidade artística interagindo com os cidadãos, que na rotina da vida acabam passando pelas ruas de cabeça baixa. Muitas vezes, as cidades deterioradas pela correria, pela poluição sonora e visual merecem um pontinho de luz e arte que contraste em meio a tanta desordem e descaso.
Arquitetar é, acima de tudo, ver, e não só olhar a cidade. Arte e interação são sempre benvindas em nossas cidades e o papel do arquiteto e urbanista, nesse contexto, é exatamente promover e divulgar eventos assim, que enchem os olhos e os corações das pessoas de esperança de um mundo mais colorido.


via.

CallParede

ShoesParede


quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Coluna Arquitetar é... para Jornal O Debate_ 10/08/12



Olá, pessoal!
Quem tem adolescente em casa sabe do dinamismo e da mutabilidade que eles representam. Os antigos quartos com carinha de criança e brinquedos já não interessam mais, e eles tem aquela necessidade incrível de impor suas vontades e características ao seu ambiente.
E nada mais justo que nessa fase tão transformadora em suas vidas seu espaço represente seus gostos e desejos da forma mais fiel possível.
Algumas coisas são primordiais na hora de redecorar o ambiente desses clientes temperamentais; em hipótese alguma comece a mexer no casulo sem antes perguntar sobre os interesses deles, o que eles querem, seus objetivos, as cores e padronagens. Mas seja claro a respeito das dimensões da redecoração, não adianta a garota querer o chão cravejado de cristais swarovski ou o garoto querer telas gigantescas para jogar videogame (rs, acho que nem é mais assim que eles falam) se esses itens não vão caber no orçamento. Tendo isso em mente é hora de começar as mudanças.
Como já disse antes, essa fase da vida dos adolescentes significa transformações e com elas vem aquelas instabilidades de gosto: um dia eles gostam de x, outro dia gostam de y, e para evitar arrependimentos e frustrações recomendo a vocês que deixem as particularidades e esquisitices para os detalhes, como acessórios.
Não é porque o rapaz é palmeirense que você irá pintar o quarto inteiro de verde, ou se a garota ama o Luan Santana que você irá adesivar a parede inteira com um pôster do cantor.
O objetivo principal dessa missão é proporcionar um novo espaço para os adolescentes onde eles expressem sua personalidade, mas que também os ajude a passar por essa nova etapa de vida.
Procure fazer com que o quarto seja mutável. Uma marcenaria inteligente em que ele possa interagir com os amigos, estudar, jogar ou qualquer outra coisa que eles tenham em mente são um exemplo dessa característica.
Alguns jovens desenvolvem nessa fase o gosto por coleções; então reserve um espaço para que ele possa organizá-la e apreciá-la. Já as garotas adoram roupas e acessórios; uma gaveta para colocar as bijus é uma boa pedida, sem contar um espaço especial para as maquiagens.
Já os acessórios podem ajudar e muito na hora de caracterizar o ambiente, como almofadas, pufes e adesivos.
Agora, para quem pensa em cores pastéis e branco: esqueça. Use cores fortes e de personalidade. Converse muito com eles sobre isso porque é a hora de ousar. Os jovens tem espírito arrojado e precisam de ambientes fortes. Lembrando sempre que a pintura é a parte mais maleável de uma obra, então, quando enjoar dá pra pintar de novo, sem crises.
E quando se tratar de um dormitório para mais de um jovem, ou um adolescente e uma criança, procure delimitar os espaços. Isso ajuda na formação de cada um, individualmente, e faz com que eles se sintam únicos.
Com essas dicas, o único risco que irão correr será o eterno problema de tirar a lagarta do casulo antes que se tornem borboletas.
Enfim, arquitetar é criar ambientes específicos para cada etapa de vida, fazendo com que ele se torne o mais confortável possível. Não estou me referindo a almofadas fofas, mas sim à possibilidade de transformar essa fase em “marolinhas” ao invés de enfrentar uma tsunami.



















imagens: pinterest

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